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Estado Islâmico tem suporte técnico 24 horas para uso de criptografia, diz TV

Estado Islâmico opera uma linha de "help desk" que funciona 24 horas por dia para ajudar colaboradores do grupo terrorista a utilizar mecanismos mais seguros de comunicação e evitar a espionagem de autoridades e agentes de inteligência, segundo especialistas ouvidos pela TV norte-americana NBC News.
Segundo a reportagem da NBC, os terroristas do "suporte técnico jihadista" orientam colaboradores a utilizar programas com funções de criptografia, como WhatsAppThreema Telegram. Esses programas adotam a chamada criptografia ponto a ponto, na qual a mensagem só pode ser decifrada pelo destinatário. Como o prestador de serviço não tem acesso ao conteúdo da transmissão, não é possível realizar o monitoramento.
"Eles desenvolveram uma série de plataformas diferentes onde podem treinar uns aos outros em segurança digital para despistar autoridades e agências inteligência no recrutamento, propaganda e planejamento de operações", afirmou Aaron Brantly, um especialista independente em antiterrorismo do Combating Terrorism Center, segundo a NBC.
Segundo Brantly, o núcleo do suporte técnico jihadista seria formado por cinco ou seis pessoas com conhecimentos mais elevados de tecnologia da informação, mas uma comunidade maior estaria envolvida na prestação do auxílio 24 horas por dia.
Essas medidas tomadas pelo Estado Islâmico para evitar as ações de monitoramento e espionagem das agências de inteligência dificulta a ação das autoridades, segundo a reportagem da TV norte-americana.
Crítica à criptografia
Os ataques em Paris iniciaram uma nova onda de críticas às tecnologias de criptografia. A criptografia embaralha dados e comunicações para evitar que eles sejam espionados ou bisbilhotados por terceiros. Autoridades europeias anônimas afirmaram ao jornal "New York Times" que há a suspeita de que os terroristas teriam usado meios de comunicação criptografados para planejar o ataque na capital francesa.

Apesar de ser uma tecnologia não muito difícil de utilizar, as maiores empresas de tecnologia sempre evitaram incluir esse tipo de funcionalidade em produtos usados por consumidores, mesmo quando as regras de exportação para esse tipo de tecnologia foram flexibilizadas.
Isso mudou com as revelações de Edward Snowden sobre as ações de espionagem da Agência de Segurança Nacional dos Estados Unidos (NSA). WhatsApp, Apple, Google e Yahoo são algumas das empresas que adotaram ou estão adotando medidas para ampliar o acesso a tecnologias criptográficas.
A Apple, por exemplo, fortaleceu a criptografia do iPhone e disse que é impossível para a empresa decifrar os dados. Já o Google pretende obrigar o uso de criptografia em dispositivos com Android 6.0 que alcançarem certos requisitos mínimos de hardware.
Um relatório publicado esta semana pela procuradoria do condado de Nova York, nos Estados Unidos, sugeriu que todos os fabricantes de sistemas operacionais, smartphones, tablets e prestadores de serviço devem oferecer algum meio de decifrar dados para cumprir ordens judiciais de requisição de dados. Essa opinião é compartilhada por outras autoridades, como o diretor do FBI James Comey, a Europol e o primeiro-ministro britânico David Cameron.
Críticos dessa postura, que incluem boa parte dos especialistas em segurança digital, argumentam que abrir uma "porta dos fundos" para atender solicitações da Justiça cria uma vulnerabilidade na criptografia que também pode ser aproveitada por inimigos, como os próprios terroristas, e que a medida pode, portanto, ter um efeito contrário ao pretendido.

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Gabriel Ítalo

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